quinta-feira, 15 de março de 2012

Mendiga

Procuro nos olhares mais profundos, nos sorrisos mais cretinos e sinceros e nada. Nada dentro de mim se preenche. E ainda dizem que o vazio não dói. Ah, ele dói, corrói, faz chorar, roer unhas e comer feito uma condenada.
Sabe quando você olha pro céu e não vê nada além de nuvens brancas o compondo? O céu é meu coração, o branco faz o papel do nada. Coração sem nada é apelar para ser vadia. Se não podes pertencer a ninguém então seja de todos, pelo menos você não vai estar sozinha na hora que tiver um orgasmo.
As pessoas nunca entendem porque elas simplesmente não procuram e nem desejam entender.
Fulano de tal diz que nunca vai se apaixonar, que nunca vai chorar por ninguém feito uma criança dando escândalo porque lhe tiraram seu pirulito e paga pela língua. Aprende a amar, descobre o quanto é bom sentir que alguém lhe deseja tanto quanto você desejou por dias que esse mesmo alguém lhe encontrasse, depois esse alguém te joga fora na primeira lata de lixo (não reciclável), te deixando as tralhas, com a alma em migalhas e a mente em falha.
Aí, ele chega de mansinho, vai invadindo cada parte do teu ser, ocupa tuas veias, mora em tuas entranhas e quando você se dá conta... não sente mais nada. Zero. Porra nenhuma. Só o nada, só o vazio. Que te protege e te preveni das rasteiras da vida, mas que deixa tão egocêntrico e desumano como Aldof Hitler foi um dia.. na primeira guerra mundial.. onde os judeus apelaram por misericórdia... suplicaram a alma amorosa dos alemães que libertassem-os... clamaram por amor, só que eles o desconheciam. E hoje, sou eu que me vejo mendigando por um pouco desse amor que os nazistas não possuíam e que ninguém parece querer te dar mais...

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